CIDADE

Na caminhada, denúncia de maus-tratos no CPPN

04/09/2020 18:00




“Não queremos liberdade, queremos respeito, justiça e um mínimo de dignidade”, diziam familiares de detentos do Complexo Penitenciário de Ponte Nova/CPPN, na manifestação pública da tarde desta sexta-feira (4/9), denunciando supostos maus-tratos nessa unidade prisional.

Na tarde dessa quinta-feira (3/9), as mulheres, que se intitularam integrantes da “Família Carcerária”, já haviam protestado em audiência pública da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos/CDH da Câmara de Ponte Nova (leia aqui).

Nesta sexta, cerca de 30 pessoas caminharam pelo Centro Histórico, desde a praça Dom Parreira Lara (parte baixa) até o Fórum Municipal, na av. Caetano Marinho (parte alta).

Os manifestantes - em sua maioria mulheres - exibiam faixas e cartazes com palavras de ordem pedindo melhoria no tratamento prestado aos cerca de 1.100 detentos abrigados no CPPN.

Uma das manifestantes (que preferiu não se identificar) relatou que “não se isolaram infectados pelo coronavírus, como foi divulgado: separaram a cela toda, mas eles continuaram juntos”, disse ela para acrescentar:

“O Presídio possui mais detentos que o limite legal [a previsão inicial era a de abrigar 590 pessoas]. Pergunto: como o coronavírus chegou lá, uma vez que as visitas foram proibidas no início da pandemia? será que os agentes não estão se cuidando?” Leia aqui sobre o protocolo de segurança do Estado.

Representantes do grupo, Taís Elias e Tamires de França, ambas esposas de presos, foram recebidas no Fórum, após cerca de uma hora de espera para falar com o juiz da Vara de Execuções Penais da Comarca, Felipe Vieira Rodrigues.

À nossa Reportagem, elas repassaram cópia de carta entregue a uma assessora forense, a qual explicou que o juiz Felipe não se encontrava no prédio.

A PM foi chamada por populares e apenas conversou com os manifestantes, que confirmaram o teor pacífico do movimento, acompanhado pelo vereador Hermano Santos/PT, presidente da CDH.

Após a mobilização no Centro, o grupo partiu em diversos carros para a última agenda: um  protesto na portaria da Penitenciária.

 







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