SAÚDE

Osteoporose: doença muito comum dos ossos

18/04/2024 11:00




José Milagres Araújo Filho - Médico especialista em Clínica Médica - CRMMG 8.553
 
Consultório: rua Dr. José Vieira Martins, 161 - Palmeiras/Ponte Nova * (31) 3881-1962 e 98022-7030
 
 Osteoporose é uma doença que leva à diminuição da densidade e da resistência óssea, favorecendo a ocorrência de fraturas. 
 
Há inúmeros fatores de risco para surgimento da doença, entre os quais hereditariedade, envelhecimento, tabagismo, baixo peso corporal,  sedentarismo, uso abusivo de álcool, ingestão elevada de sal, imobilização, obesidade e uso prolongado de corticosteroides.  E a incidência da doença aumenta nas mulheres pós-menopausa e em homens acima de 50 anos.
 
A moléstia tem curso assintomático até que ocorra a fratura do osso, sem causa aparente ou devido a trauma.
 
Diagnóstico da condição é essencialmente clínico, mas radiografias e densidometria óssea (exame que mede a densidade óssea) são ferramentas para diagnóstico de deformidades e severidade da perda óssea.  Recomenda- se que mulheres acima de 65 anos e homens acima de 70 anos sejam rastreados com densidometria óssea e, mesmo ainda mais precocemente, se apresentarem fatores de risco significativos.
 
Fraturas na coluna vertebral são as mais frequentes: podem ser desde silenciosas até extremamente dolorosas e levam a deformidades torácicas. Também são comuns fraturas em extremidades, como úmero  e fêmur.  Essas podem trazer grande impacto na vida e na saúde dos pacientes, com elevada morbidade e aumento da mortalidade.
 
Também apresentam elevado custo do ponto de vista socioeconômico. E é bem sabido que, uma vez acontecida a fratura, a possibilidade da ocorrência de novas fraturas aumenta muito, sobretudo no primeiro ano.  
 
Fraturas em mulheres pós-menopausa e homens acima de 50 anos funcionam como alerta pela alta possibilidade da origem osteoporótica e devem receber atenção muito além dos procedimentos traumatológicos.  
 
Por outro lado, algumas intervenções podem favorecer a preservação da resistência óssea: adequada ingestão de cálcio e vitamina D, fim do tabagismo e exercícios físicos regulares, sobretudo os de resistência e carga.
 
Confirmado o diagnóstico de osteoporose, recomendam-se medidas de prevenção de quedas, tais como correção de déficits visuais e auditivos, iluminação adequada de ambientes, alças e corrimãos facilitadores da mobilidade e uso criterioso de medicamentos neuropsiquiátricos e anti-hipertensivos, entre outros.
 
Existem muitas drogas utilizadas buscando-se preservar ou mesmo melhorar a densidade óssea. Embora sejam efetivas em reduzir fraturas, o efeito dessas drogas desaparece quando são suspensas e há de haver muito critério na manutenção ou substituição desses fármacos.
 
Também há grande dificuldade da adesão dos pacientes ao tratamento de uma condição que é frequentemente assintomática. A interrupção da medicação levará à retomada do ritmo da perda óssea. Tais fatos reforçam a importância da prevenção da doença e do tratamento não farmacológico, além da prevenção de quedas.
 






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