EDITORIAL

Videomonitoramento

01/03/2024 08:30




 Na proporção do aumento da criminalidade em todos os centros urbanos, avança também a instalação de câmeras de segurança, num relevante investimento em busca de aparatos que contribuam para a sensação de segurança.

Embora seja eventualmente contestada, a adoção de tais sistemas oferece benefícios à coletividade na prevenção e repressão de crimes, como foi o caso da recente ocorrência de assassinato em Ponte Nova (leia aqui).

Verifica-se que a Polícia teve nas câmeras essencial aliado para compreender a dinâmica do crime e identificar os suspeitos.

Em nossa cidade, este tipo de sistema de vigilância mereceu investimento da Prefeitura (com recursos próprios e estaduais), da Polícia Militar e de comerciantes. O fato é que se constituiu vigorosa rede de captação de imagens, as quais são, de fato, auxiliares em controle do trânsito, prevenção de delitos e contenção de ilícitos em geral.

De fato, as gravações são documento de provas para a Polícia. Servem ainda para aprendizado sobre o chamado modus operandi dos criminosos. Estes são, de fato, identificados com mais facilidade, num cenário de controle do que acontece nos principais ambientes públicos privados.

Como bem se sabe, na rotina, autoridades em geral usam câmeras também para monitorar condições das estradas e vias urbanas em tempo real. Isso ajuda na hora de tomar melhores decisões para reduzir congestionamentos e sanar problemas em locais de reincidentes colisões, abalroamentos e atropelamentos.

Constata-se, pois, que tais equipamentos são soluções que também inibem infratores em geral, principalmente em espaços com maior circulação de pessoas.

O que há de se entender, no entanto, é que o problema não se situa apenas no âmbito do controle da criminalidade.

O tema é indiscutivelmente mais amplo, envolvendo considerações sobre políticas de segurança pública, urbanismo, cidadania e qualidade de vida.

Não por acaso, a realidade do videomonitoramento merece - no âmbito do Legislativo e do Poder Judiciário - debate ético sobre limites entre segurança pública e privacidade das pessoas.

 







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