SAÚDE

A fisioterapia no tratamento da Doença ou Mal de Alzheimer

27/09/2023 11:00




Danilo Ferreira - Fisioterapeuta, pós-graduado em Gerontologia e Reumatologia e especialista em Atendimento Domiciliar para Idosos (Crefito 138.900 F) * Fone: (31) 98553-1172
 
 O Mal de Alzheimer ou Doença de Alzheimer, descrita em 1907 pelo médico alemão Alois Alzheimer, é um transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais (alterações de humor e de raciocínio, desconfiança, irritabilidade, impaciência e agressividade). A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. 
 
 A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta, não sendo possível barrar o seu avanço. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. 
 
O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios: Estágio 1 (forma inicial) - perda de memória recente (o primeiro sintoma e o mais característico) e alterações na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais; Estágio 2 (forma moderada) - dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos, irritabilidade, agressividade, agitação e insônia; Estágio 3 (forma grave) - resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva; e Estágio 4 (terminal) - restrição ao leito, dor na deglutição e infecções intercorrentes.
 
Na Doença de Alzheimer, o fisioterapeuta trata o paciente com o objetivo de: prevenir contraturas musculares, rigidez articular, atrofias e encurtamento muscular; manutenção da massa muscular; mobilização das secreções pulmonares; e melhorar o equilíbrio, a flexibilidade e a coordenação motora, visando a maior autonomia do paciente. 
 
Estes sintomas, tais como rigidez articular e a atrofia muscular, se não tratados, podem levar a deformidades articulares (por exemplo, “mão fechada permanentemente”), dificultando o manuseio da pessoa para vestir-se, higienizar-se, posicionar-se no leito e poltrona, cortar unhas, entre outros problemas. 
 
A ação do fisioterapeuta no tratamento é, portanto, um dos meios mais eficientes para retardar o surgimento dos sintomas motores, incapacidade e invalidez do paciente. A ciência ainda não encontrou a cura para o Mal de Alzheimer, mas a fisioterapia tem-se tornado um importante método de tratamento. 
 
- Fonte: Ministério da Saúde (https://bvsms.saude.gov.br/doenca-de-parkinson/ e Central da Fisioterapia).