CIDADE

Laene ComVida: Feliz vida, Isabella Mafra!

25/10/2024 13:00




 Dizem que ela tem pimenta nas veias. Na família já foi Juma Marruá, Pit Bull e Bita Mor. Apesar da braveza, Isabella tem um coração gigante.

Não tem um dia em que não receba mensagens aceleradas de irmãs desejando opiniões, orientações, consolos. As primas são irmãs, a mãe é meio filha e o pai, o companheiro da serenata à distância. Ela até deixa de se cuidar, mas não descuida de saber como estão todas e todos da família.

Isabella Mafra Moreira se importa com as pessoas. Defende das injustiças quem não conhece e entra na briga do lado de quem ama. Já a vi tentando justificar pisadas na bola, engolindo sapos e se esforçando para relevar só porque era de gente “da gente”.            

Quando aprontam com ela, seu estado macambúzio não dura mais do que uma noite. Acorda cedo e cantante no dia seguinte. Segue a vida com sua alegria grande e o repertório renovado: inventa palavras, grava piadas, coreografa passos de dança. Aliás, algumas palavras só escuto dela: disgreta, disgrama, pandu e muitas outras.

Se amor tivesse motivos, o que nela muito me apaixona, além da inteligência, criatividade e gentileza com as pessoas velhas, é seu encantamento pelos bichos. Todos que nos chegaram vieram seguindo-a: Euvira instalou-se no seu carro sob o freio e a embreagem, Guga veio atrás portão adentro. Do nada, cães na praia se achegam aos seus pés. Isso sem contar dos beija-flores e micos que bebem água e comem banana na sua mão.  A gata Lili da minha irmã pulou - e não saiu - do seu colo em BH (é certo que os animais reconhecem as boas almas).

Assim como os felinos, Isabella é um ser meio arredio, não se aproxima de primeira, fica na sua, até conhecer melhor as pessoas. Então, torna-se a amiga, leal, companheira e divertida.  Estar ao seu lado é mesmo um privilégio para poucos. Na foto, Isabella: Felicidade é seu sobrenome. 

 Escorpianamente, ela tem um sexto sentido de nos atravessar com o olhar e compreender o contexto, sacar as entrelinhas. Como guardiã do que é certo, ela não grita certezas, contudo não titubeia em dizer na lata e na cara a verdade dos sentidos e fatos. Outra coisa que eu adoro nela é o jeito das mãos. Minha mãe dizia: “Olha a mãozinha mágica dela.” Além do dedilhar delicioso ao violão, Isabella desenha, pinta, monta e conserta as coisas. Não sossega enquanto não resolve o problema. Paciente, monta, desmonta e monta.

Ultimamente deu pra cozinhar aos sábados, praticando o que via a vó Honorina fazer. Se não faz, fica ao meu lado, palpitando e corrigindo os temperos. Ou seja, observadora da vida, Isabella consegue produzir e realizar o que der vontade. Já transformou argila em artes e hoje tem pintado lindamente casinhas de passarinhos (se quiser, vá conhecê-las no Instagram e Facebook: @casinha.etals). Tem dias que Isabella reserva pra pensar. Enquanto a fumacinha sai do alto da sua cabeça, suspira, dá risada ou perde os olhos em direção à mata que nos rodeia.

Se não fosse pela sua inteligência criativa, nosso lar não teria tanto charme. Bella arquitetou cantinhos, inventou móveis e idealizou soluções pra nossa casinha na árvore. Ah! e fez uma linda música (“ela surgiu de um pensamento preguiçoso meio lento de manhã quando acordei e pus o pé no chão, e fui num salto lá pro alto muito alto num pinheiro numa casa de madeira feito à mão...”).

Ontem, quinta, 24, ela fez aniversário. E como gosta de celebrar esta data! Para cumprir a promessa de passar o dia com sua irmã gêmea Andréa, Isabella dirigiu 12 horas feliz da vida. À medida que avançava nos quilômetros, sorria mais. Chegando a Porto Seguro, pulou contente do carro com um colar de guloseimas e o dependurou no pescoço da sobrinha-afilhada Lelê. 

Jamais duvido da capacidade de tia Bel de querer e realizar. Juntas escolhemos fazer nossas coisinhas, compartilhar perrengues e prazeres, sempre com as cartas na mesa, amor é claro, e muita, muita, muita conversa. Temos aprendido a ter DR (discutir a relação) com os ouvidos e os corações abertos. Somos diferentes em algumas visões de mundo, mas olhamos para a mesma direção. Queremos estar juntas.

Belabel, feliz nova idade! Um dia desses você se casa comigo no cartório e no papel?

 







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