A Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde/Semsa de Ponte Nova emitiu, nesta terça-feira (2/7), alerta epidemiológico relativo ao resultado positivo para o vírus Oropouche num animal (não se informou qual) encontrado morto no município (não se informou onde). Este caso foi confirmado ainda em 26/6 em nota da Fundação Ezequiel Dias via Superintendência Regional de Saúde.
"A Semsa permanece atenta e monitora a situação de perto, reforçando a importância das medidas de prevenção e a colaboração da comunidade para evitar a disseminação da doença", diz a nota para esclarecer:
- A febre de Oropouche é doença viral aguda causada por um arbovírus, com sintomas muito semelhantes aos da dengue e outras arboviroses (zika e chikungunya), incluindo: febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor nas articulações, vômitos, náuseas, tonturas, dor retro-ocular, fotofobia e boca amarga.
- A doença é autolimitada, com duração de 2 a 7 dias, e geralmente tem evolução benigna. Como se trata de doença transmitida por vetores, não são necessárias medidas de isolamento: "Importante destacar que, até o momento, não há registros de transmissão da febre de Oropouche em humanos em nosso município."
- As ações de prevenção e controle visam reduzir a proliferação do vetor, o mosquito-pólvora, eliminando-se os locais de reprodução e descanso (áreas úmidas e ricas em matéria orgânica). Além da limpeza urbana, sugere-se uso de telas nas janelas, bem como proteção individual: uso de repelentes e roupas de manga comprida.
Situação em Minas
Minas Gerais não registrou casos ou óbitos por febre até 2023. Em fins de maio/2024, a Funed identificou 4 amostras detectáveis para febre: dois na cidade de Ipatinga, um em Gonzaga e um em Congonhas. Os pacientes que já foram detectados pelos exames laboratoriais estão com os sintomas controlados.
Em 10/6, a Superintendência Regional de Saúde de Coronel Fabriciano iniciou o combate ao vetor da febre de Oropouche, com foco nas cidades de Joanésia, Caratinga, Coronel Fabriciano, Timóteo e Ipatinga.
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre Oropouche (FO) foi detectada no Brasil pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça e desde então casos humanos vêm sendo detectados, principalmente nos Estados da Região Norte do país.
Não há vacinas ou medicamentos antivirais específicos para a febre Oropouche. O tratamento indicado é, sobretudo, para amenizar os sintomas apresentados e a evolução dos casos geralmente é benigna, com resolução em aproximadamente uma semana.
As medidas de prevenção são voltadas ao controle vetorial e são as mesmas adotadas para a dengue, zika e chikungunya:
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Evite áreas onde há muitos mosquitos, se possível.
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Use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele.
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Mantenha a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas.
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Se houver casos confirmados em sua região, siga as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão.
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Em caso de sintomas suspeitos, procure uma Unidade Básica de Saúde imediatamente e informe sobre sua exposição potencial à doença.