Equipe do MG Transplantes compareceu ao Hospital Arnaldo Gavazza/HAG, na manhã dessa quinta-feira (6/6), para atuar na retirada de órgãos de uma paciente com morte cerebral. O procedimento teve aval da família da mulher e da Comissão/HAG de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes.
Informe hospitalar confirmou a remoção de fígado, rins e córneas, levados em helicóptero da Polícia Militar para implante em pacientes cadastrados na fila do MG Transplantes. A logística do transporte teve apoio do Corpo de Bombeiros.
Rita de Cássia Ferreira, psicóloga da Comissão/HAG, explicou todos os procedimentos antes da constatação da morte encefálica da paciente e detalhou aspectos da entrevista com familiares da paciente e a corrida contra o tempo a partir do momento em que ocorre a autorização para retirada dos órgãos. Enfatizou ela: "Hoje tivemos sucesso e ressalto o quanto é importante a família decidir de forma consciente, ao dar continuidade à vida de quem espera o transplante."
A Assessoria do Gavazza ressaltou que "a doação de órgãos permite que um momento tão difícil e delicado se transforme em esperança, já que muitas vidas podem ser salvas". A importância da autorização foi exaltada em entrevista da cirurgiã Isadora Garcia, que ainda destacou:
"Digo que o ato efetivado aqui é muito importante. Temos uma fila muito grande de pacientes e é bem difícil conseguir doadores, por diversos fatores. Ficamos felizes com o sucesso do procedimento, com atenção para o reimplante de fígado, pois quem aguarda está, via de regra, em condições urgentes de ter sobrevida com um novo órgão."
Constou no informe do HAG: "Agradecemos e parabenizamos a família pela decisão e esperamos que esse caso sirva de exemplo e inspiração para que cada vez mais doações sejam feitas."
A Equipe do HAG ouviu Bárbara Gomes, filha da paciente Fátima Teixeira Gouvea Gomes (56 anos), que assim declarou:
"Vivemos um momento muito difícil, mas sabemos que nossa mãe autorizaria a doação de seus órgãos. Percebemos, com apoio do Hospital e sua equipe, o quanto o ato é essencial para a sobrevida de quem está no cadastro do MG Transplantes. Isso nos conforta, aumenta a nossa fé em Deus e nos torna pessoas cada vez mais solidárias."