Danilo Ferreira - Fisioterapeuta (Crefito 138.900 F) - Pós-graduado em Gerontologia e Reumatologia e especialista em Atendimento Domiciliar para Idosos * (31) 98553-1172
O tecido ósseo é resistente, participa da formação dos nossos ossos e está em constante remodelação. Ossos como o fêmur possuem certa flexibilidade e podem absorver alguns impactos.
Conforme a expectativa de vida se eleva, as doenças típicas da terceira idade vão se tornando cada vez mais frequentes. A fratura do colo do fêmur (fratura do quadril) é um dos muitos exemplos.
A fraqueza natural dos ossos pelo envelhecimento, a perda de força muscular, a maior dificuldade para se manter equilibrado, a perda da acuidade visual e o frequente uso de medicamentos que causam redução da pressão arterial ou que agem no sistema nervoso central favorecem a queda e a consequente fratura do quadril em idosos.
Ocorrem geralmente com quedas simples em casa, escorregando em objetos no chão, tapetes ou no banheiro molhado. Mais raramente elas acometem pacientes jovens e nesses pacientes são geralmente decorrentes de traumas de alta energia, como acidentes automobilísticos ou quedas de altura.
O principal sintoma da fratura do colo do fêmur é uma dor súbita e acentuada no quadril, geralmente na região profunda da virilha ou na parte de cima da coxa. Além disso, o paciente não consegue se apoiar na perna fraturada ou andar. Também é possível observar uma deformidade na perna, que - devido à fratura - fica mais curta que a outra, além de fazer com que o pé fique rodado para fora.
Os edemas (inchaços) também são frequentes, bem como a limitação de mobilidade. Os sintomas podem variar de acordo com a região lesionada.
O diagnóstico da lesão é realizado através do exame de imagem (raio-X). O tratamento é cirúrgico na maioria dos casos, podendo variar de colocação de pinos e parafusos até substituição da articulação com colocação de próteses. Quanto mais tempo o paciente permanece acamado, maiores são as chances de ter complicações, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.
O pós-operatório da cirurgia para o tratamento de fratura de fêmur costuma ser bastante rápido. Já está comprovado que, quanto antes o paciente voltar a ficar em pé e caminhar, melhor para ele. De forma geral, após a cirurgia, o paciente é encaminhado para Centro de Terapia Intensiva (CTI). Caso não apresente nenhuma intercorrência, é encaminhado para o quarto já no dia seguinte, onde tem início o trabalho de fisioterapia.
Diversas técnicas e modalidades fisioterapêuticas podem ser utilizadas na recuperação de paciente com fratura de colo de fêmur: mobilização, fortalecimento muscular, descarga de peso, treino de propriocepção, treino de marcha, aparelho de estimulação motora e analgesia, dentre outras.
Fonte: Ministério da Saúde / https://www.drkauegimenes.com.br/86/especialidade/especialista-em-cotovelo/fratura-de-femur; https://www.drfelipebessa.com.br/fratura-do-colo-do-femur/ https://soscardio.com.br/fratura-de-femur/