Bransildes Terra - Médico especialista em Urologia - CRMMG 51139 - RQE 33058
* Membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica e professor de Medicina na Dinâmica
* Consultório - Mila Center - Av. Dr. Otávio Soares, 108 / Sala 801 - Palmeiras/Ponte Nova, fone (31) 3817-2750
* Atende também no Hospital de Nossa Senhora das Dores
A Sociedade Brasileira de Urologia dedicou o mês de fevereiro à conscientização sobre o câncer de pênis: uma doença responsável por mais de 500 amputações do órgão genital por ano. A descoberta precoce do tumor pode evitar a perda do pênis.
Os principais fatores de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer são a má higiene íntima e a infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano).
Fimose, condição em que a glande (“cabeça” do pênis) não consegue ficar exposta devido ao prepúcio fechado, pode ser um fator facilitador do desenvolvimento da doença, uma vez que dificulta a higienização do pênis.
A manifestação clínica mais comum do câncer de pênis é uma ferida ou úlcera persistente, como também uma tumoração localizada na glande, prepúcio ou corpo do pênis.
Para prevenir o câncer de pênis, é necessário fazer a limpeza diária do órgão com água e sabão, principalmente após as relações sexuais. É fundamental ensinar aos meninos desde cedo os hábitos de higiene íntima, que devem ser praticados todos os dias.
A utilização do preservativo é imprescindível em qualquer relação sexual, já que a prática com diferentes parceiros sem o uso de camisinha aumenta o risco de desenvolver a doença. O preservativo diminui a chance de contágio de doenças sexualmente transmissíveis, como o vírus HPV, por exemplo.
Quando diagnosticado em estágio inicial, o câncer de pênis apresenta elevada taxa de cura. Mais da metade dos pacientes, no entanto, demora até um ano após as primeiras lesões aparecerem para procurar o médico. Todas as lesões ou tumorações penianas deverão ser avaliadas por um médico.
O tratamento depende da extensão local do tumor e do comprometimento dos gânglios inguinais (ínguas na virilha). Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem ser oferecidas. A cirurgia é o tratamento mais eficaz e frequentemente realizado para controle local da doença.
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar o crescimento desse tipo de câncer e a posterior amputação total do pênis, que traz consequências físicas, sexuais e psicológicas para o homem. Por isso, quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores são as chances de cura e menos traumático é o tratamento.