EDITORIAL

Sobre o autismo

12/04/2024 08:00




 Ponte Nova acompanhou em 7/4 uma atividade inédita a partir da caminhada - concentração na praça de Palmeiras - destinada a dar visibilidade à realidade de pessoas com Transtorno do Espectro Autista/TEA.

Chamou a atenção a articulação do Movimento das Mães Atípicas, considerando - segundo a literatura do segmento - que “maternidade atípica é termo destinado a chamar a atenção da sociedade para as necessidades da mulher que cuida de pessoas com deficiência e que também precisa de cuidados”.

Como se sabe, a atipicidade, por assim dizer, não se limita ao cuidado de crianças com TEA, mas também a atenção de mães - e cuidadores em geral - com filhos portadores de outras deficiências, síndromes e doenças raras. Logo, o esforço para dar visibilidade abrange as dimensões emocionais, físicas, culturais, sociais e familiares no acompanhamento das crianças.

Como se nota, o ato de 7/4 foi mais um passo para regulamentação e fortalecimento das redes de apoio e busca de sensibilização da sociedade sobre tal realidade, que impõe desafios nas áreas de saúde, educação, assistência social e outras.

No caso do TEA, evidencia-se pelo país afora o debate sobre: direitos de quem é autista; terapias e medicamentos; inserção social e escolar; e - é claro - capacitação de cuidadores e familiares.

Mesmo com a limitação deste espaço, deixamos  aqui algumas constatações científicas:

- O TEA é distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interac¸ão social, padrões de comportamentos repetitivos e estereotipados.

- Sinais de alerta podem ser percebidos nos primeiros meses de vida da criança, sendo o diagnóstico estabelecido por volta dos 2 a 3 anos de idade. A prevalência é maior no sexo masculino.

- A identificação de atrasos no desenvolvimento, o diagnóstico oportuno de TEA e o encaminhamento precoce para intervenções comportamentais e apoio educacional podem levar a melhores resultados a longo prazo.

- A etiologia do TEA ainda permanece desconhecida. Evidências científicas, no entanto, apontam para a interação de fatores genéticos e ambientais.

 







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